segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Cisne Negro





Sabe quando você ouve falar de um filme que vai estrear em dois mil e muito longe, mas já fica ansioso pra vê-lo? Pois é, certamente isso ocorreu há um tempo quando recebi a notícia da união de dois craques do cinema atual, o diretor Darren Aronofsky e a atriz Natalie Portman, em um filme sobre os conflitos internos de uma bailarina aspirante a protagonista de uma montagem de "O Lago dos Cisnes".


Sem dar nenhuma pista sobre o desfecho da história (vocês nunca encontrarão o menor vestígio de 'spoiler' neste humilde blog), o que eu posso adiantar é que é um Filmaço com F maiúsculo. Mais do que o lado negro de cada pessoa, o filme trata da obsessão, ou melhor, da linha tênue que separa a obstinação da obsessão, a ansiedade do nervosismo extremo e a insegurança da paranoia.


Natalie Portman aparece em outra grande atuação e merecerá cada prêmio que receber. Na pele da bailarina Nina, ela tenta viver os opostos de ser ao mesmo tempo o cisne branco e o cisne negro na montagem de "O Lago dos Cisnes". Curioso é como ela oscilou também entre os cisnes brancos e negros em algumas de suas atuações mais marcantes, como nos filmes "Closer- Perto Demais", "V de Vingança" e em "A Outra", alternando doçura e maldade.


Por sua vez, o diretor Darren Aronofsky se firma como um dos mais legais do nosso 'cinemão' atual, assim como Christopher Nolan e Paul Thomas Anderson. Depois dos brilhantes "Réquiem Para um Sonho", "Pi" e do denso "O Lutador", aqui ele imprime tensão nos mínimos detalhes, como em reflexos de espelho, alergias e gravuras alucinógenas que, na forma de efeitos visuais, se tornam componentes importantes da narrativa.


Vale a pena conferir. Mesmo que seja para entrar na ala dos detratores do filme e questionar a dança, o suspense ou o argumento, mas certamente indiferença é que não será sentida diante dos reflexos e dos diferentes lados do espelho.

2 comentários:

  1. Eu gostei, mas acheio meio confuso. Preciso ver de novo

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  2. Ainda não, mas pretendo ver.

    Agora, tudo bem que Christopher Nolan e Paul Thomas Anderson são excelentes diretores, mas não citar Tim Burton, Wes Anderson e Lars Von Trier é crime.

    Faltou ainda a atuação da Natalie Portman em O Profissional.

    Mas, tudo bem, já fiquei feliz porque você não colocouo José Padilha e o Fernando Meirelles
    entre os excelentes diretores.

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